CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO EM 1 AULA

Quando alunos solicitam aulas particulares de Química e o assunto é Cálculo Estequiométrico muitos deles temem por considerar o assunto de grande complexidade. Como já colocado entre outros artigos, a Química, dentre as consideradas disciplinas exatas, é a que requer maior atenção pois necessita conhecimentos específicos da disciplina, de sua evolução histórica, precisa de embasamento teórico e reconhecimento de fórmulas além de precisão nos cálculos matemáticos, envolvendo regras de três, porcentagem, notação científica e as quatro operações básicas.

Como dar conta de explicar a estequiometria em uma aula particular de sessenta minutos? Não são todos os professores que o conseguem e tudo também dependerá da base do aluno, ou seja, seu conhecimento prévio sobre alguns conceitos.

O professor particular deve em primeiro lugar analisar o material de aula do aluno e observar se na escola dele foram trabalhados apenas casos simples do assunto ou também as variações mais complexas sobre o tema. Isso é fundamental para determinar a velocidade da aula.

Para qualquer uma das possíveis situações é fundamental começar explicando que não há estequiometria sem reação química balanceada. O Cálculo Estequiométrico é o levantamento de quantidades de reagentes e produtos que obedece à proporcionalidade de matéria envolvida, podendo esta quantidade de matéria ser mensurada em relação à massa, mols ou volume, podendo ser registrada em gramas, mols, moléculas ou litros. É como a proporcionalidade sugerida nas receitas da culinária. Assim sendo, é necessário dar um exemplo, sugerindo-se a criação de uma situação-problema envolvendo uma reação básica de combustão já que envolverá acerto de coeficientes.

Em seguida o professor deve reforçar que sempre haverá um valor numérico inicial revelado e este deve ser a base dos cálculos. Para uma estruturação visual facilitada o ideal é trabalhar com uma pequena tabela de duas linhas e divida em colunas conforme o número de substâncias da reação. A quantidade numérica dada deve ser colocada na linha inferior da substância a que se refere e se estiver em gramas na linha superior da mesma coluna deve-se colocar o valor fixo da massa molecular do reagente ou produto envolvido multiplicado pelo coeficiente do ajuste do balanceamento.

As perguntas que se seguem, em geral, indagam sobre as quantidades necessárias das outras substâncias reagentes e sobre as quantidades dos produtos obtidos, para tanto basta preencher a primeira linha da tabela com as respectivas massas moleculares ou, em caso de perguntas sobre quantidade de matéria em mols, colocando apenas o coeficiente. Para perguntas em moléculas deve-se multiplicar o coeficiente pelo número de Avogadro e para as perguntas em litros observar o volume molar considerado e as condições de temperatura e pressão para ajustes.

O ideal é abordar também exercícios que tratem de excesso de reagentes, casos de pureza e rendimento e também reações em cadeia.

A estruturação em tabelas facilita a organização do espaço do aluno e mostra a ele que é fundamental o balanceamento correto das reações para o acerto da proporcionalidade.

Em muitos exercícios as reações já são fornecidas até mesmo com os coeficientes do balanceamento.Já em algumas escolas, por opção dos professores que desejam revisar conteúdos anteriores de nomenclatura e reações, são revelados apenas os nomes das substâncias reagentes envolvidas, restando aos estudantes relembrar a formulação e o tipo de reação.

Desta forma, é possível abordar o tópico estequiométrico em uma aula de sessenta minutos, sendo ideal que o aluno realize uma série de exercícios de dificuldade crescente para depois fazer uma nova série de exercícios aleatórios sobre o tema.