As substâncias ou compostos inorgânicos dividem-se em ácidos, bases (ou hidróxidos), sais, óxidos e hidretos. São compostos iônicos, moleculares ou de natureza mista dependendo da complexidade da associação dos átomos envolvidos.
Em geral, no final do Ensino Fundamental já são apresentados alguns desses compostos, tanto com sua nomenclatura como com sua fórmula molecular. No início do Ensino Médio, com o aprofundamento da Atomística, estuda-se a distribuição eletrônica dos átomos e isso explica a natureza das ligações iônicas (entre metais e não metais)e ligações covalentes/moleculares (entre não metais).
Os metais são os átomos com tendência à doação de elétrons e em geral possuem 1,2 ou 3 elétrons na camada de valência (última camada de sua eletrosfera) e tendem a doar esses elétrons para atingir a estabilização que ocorre se sua última camada ficar com 2 ou 8 elétrons em semelhança aos gases nobres mais próximos. Ao perder os elétrons os átomos neutros se convertem em íons de carga positiva, ou cátions.
Os não metais (ou ametais) são átomos que apresentam 4,5 ,6 ou 7 elétrons na camada de valência e têm maior facilidade para atrair novos elétrons e completar 8 elétrons. O Hidrogênio é a única exceção, apresentando 1 elétron na camada de valência e sendo apto a receber mais um elétron, assemelhando-se à configuração do gás nobre Hélio com 2 elétrons. Ao receberem elétrons os átomos não metálicos convertem-se em íons de carga negativa ou ânions.
Enquanto os cátions mantém nomes semelhantes ao átomos que lhes deram origem, os ânions sofrem pequena alteração sufixal. Há também ânions que constituem grupamentos de ametais com nomenclatura específica. Desta forma aconselha-se o uso de uma tabela de cátions e ânions para familiarização nos estudos com cargas e nomenclatura.
Muitos exercícios de Química empregam fórmulas, outros apenas o nome dos compostos, por esse motivo o estudante deve saber construir a fórmula eletrônica e a fórmula estrutural dos compostos além de saber sua nomenclatura.
Ácidos, bases, sais, óxidos e hidretos possuem vasta gama de combinações e apenas a exercitação permite a memorização e correta escrita de suas fórmulas e nomes.
Estudantes universitários de Química, Bioquímica ou mesmo Biologia devem ter certa prática nesse assunto para poder avançar em estudos mais profundos que envolvem propriedades, reações, relações estequiométricas e análise laboratorial.