Em alguns editais de concursos são exigidos conhecimentos sobre “Atualidades”. Na realidade englobam-se nesse tema não só assuntos de destaque no mundo ocorridos nos últimos 12 meses como noções de Geografia e História relacionados aos fatos.
É comum em vestibulares de algumas universidades e faculdades ligadas à comunicação a exigência de conhecimentos atuais do mundo. Já foram exigidos nomes de ministros, ganhadores de prêmios de cinema e tv e autores de livros da moda.
Mas e a inclusão da disciplina de Atualidades na grade do Ensino Fundamental e Médio? Embora pareça estranho, muitas escolas já tiveram essa disciplina com aulas regulares semanais. As aulas de atualidades podem ser um momento importante de discussão de temas que a cada dia ( ou a cada semana) são pauta das conversas entre amigos, familiares e na sociedade em geral.
Recentemente, vem chamando a atenção dos educadores que a proliferação de conteúdo na internet, com seriados diversos, games interativos e sites cada vez mais especializados, vêm atraindo a atenção total dos jovens. Diminui o número de estudantes que assistem à TV aberta e também diminui o interesse por tele-diários e informativos. Como a circulação física de jornais e revistas também tem diminuído, o que se percebe é uma alienação crescente dos fatos do mundo na contramão da Globalização.
Questionando estudantes do primeiro ano do Ensino Médio sobre assuntos da política nacional e mundial, das artes ou até mesmo dos esportes, notei que a grande maioria desconhece praticamente tudo. Paradoxalmente sabem mais sobre como se vivia em Roma ou na Grécia do que como se vive em seu próprio país nos dias atuais.
A inclusão da aula de Atualidades no currículo pode ser um estímulo à busca por in formações que resgatem a curiosidade dos estudantes para sua realidade e os fatos do dia a dia. A competência dessas aulas pode ser feita por professores da área de Comunicação ou até mesmo por professores das demais disciplinas em caráter de rodízio numa perspectiva multidisciplinar.
É inconcebível que em pleno sec. XXI com toda a tecnologia da informação em disponibilidade até mesmo em um smartphone, tenhamos jovens ignorando conflitos mundiais, discussões sobre situações político-administrativas ou dando as costas à produção artística. Como essa geração vai administrar seu presente e seu futuro?