TABUADA: AINDA PRECISAMOS DECORAR?

Embora se defenda cada vez mais a necessidade de uma educação participativa e reflexiva na qual as crianças façam descobertas sob orientação dos professores, é importante dizer que a memorização é um recurso facilitador em diversos momentos do processo de formação do jovem estudante.

Insistir na memorização da tabuada básica do 2 ao 9 nos primeiros anos do Ensino Fundamental significa investir numa superação de dificuldades futuras em diversas etapas do processo de aprendizagem. Em quase todos os países e culturas investe-se muito na “alfabetização” numérica, tanto quanto na leitura ou na escrita, consolidando uma etapa importante da escolarização de base.

É necessário praticar as quatro operações de forma exaustiva, quase mecânica nos 5 anos do Ensino Fundamental I para que não haja lacunas que resultam na crescente alienação matemática registrada nas avaliações nacionais de desempenho escolar.

Quando se fala em memorização significa associar 3×5 ao número 15 da mesma forma que o cérebro associa a palavra casa ao desenho da mesma. “Não é para o aluno contar nos dedos”, já diziam os antigos professores. Esse processo de memorização pode ser facilitado pelo professor, pelos pais, por jogos físicos e até aplicativos de smartphones.

Algumas escolas defenderam ao longo dos anos 1970 e 1980 o fim da memorização da tabuada, deixando a questão como facultativa, alegando importância maior na interpretação e resolução de situações-problema.

Eu, particularmente, defendo o incentivo à memorização gradativa da tabuada acompanhado de atividades que exemplificam a quantificação e a operacionalização.

No Método Entenda Bem não só a tabuada como também a memorização de números complementares é trabalhada desde os 6 anos com ábacos, jogos, cartas, blocos de montar e jogos eletrônicos.